QUEM NÃO TEM VISÃO BATE A CARA CONTRA O MURO: REFLEXÕES SOBRE LAPSOS E BURACOS NOS SUBÚRBIOS FERROVIÁRIOS DO RIO DE JANEIRO
DOI:
https://doi.org/10.18312/verncula.v1i4.2343Palavras-chave:
Muros ferroviários, Lapsos ferroviários, Buracos ferroviáriosResumo
As linhas férreas nos subúrbios da região metropolitana do Rio de Janeiro ordenam funcional e socialmente seus territórios, fato reforçado por seus muros que atuam como limites ou fronteiras e os segregam entre lados “de lá” e “de cá”. Nesse contexto, investigam-se locais com passados violados por linhas férreas muradas onde a continuidade de eixos importantes para a experiência de bairro foi interrompida com a passagem do trem. Esses locais são chamados neste trabalho de lapsos. Como reações subversivas em resposta aos transtornos causados por eles e à ausência do poder público em solucioná-los, enfatizam-se os buracos, travessias clandestinas sobre os trilhos criadas, usadas e mantidas por suburbanos. Os buracos desconstroem a natureza divisora dos muros ferroviários e revelam relações dinâmicas entre corpos e morfologia urbana que recursos predominantes de domínio e representação das paisagens, como mapas, não são capazes de captar. Por isso, opta-se pela fotografia como método de leitura paisagística que captura essas relações identificadas em experiências com as paisagens. Essas experiências ocorreram através de derivas em bairros ferroviários no município do Rio de Janeiro. A abordagem qualitativa etnográfica utilizada neste trabalho é amparada pelo modo desviante de ver paisagístico de Jacques e Britto em oposição a um modo categórico de Lynch e Jacobs.
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(Veja O Efeito do Acesso Livre).