ÍNDICES DE CASOS DE ESQUISTOSSOMOSE EM MATO GROSSO

Autores

  • Cristiana De Barros Stablito
  • Fabricio Do Couto Miranda
  • Gabriela Firmino De Campos
  • Juliana Fanttiny Schwingel
  • Marcos Antônio Comaru De Toledo
  • Thaís Caroline Dallabona Dombroski

Resumo

INTRODUÇÃO: A esquistossomose é uma endemia parasitária típica das Américas, Ásia e África. Chegou ao Brasil com os escravos africanos trazidos pela Colônia Portuguesa. É uma doença parasitária causada pelo Schistosoma mansoni também conhecida no Brasil como "xistose", "barriga d'água" ou "doença do caramujo”. A pessoa adquire a infecção quando entra em contato com água doce onde existem caramujos aquáticos do gênero Biomphalaria infectados pelos vermes causadores da esquistossomose. É uma doença diretamente relacionada ao saneamento precário, pois se as fezes e urina forem parar em um ambiente com água poluída e não-tratada, os ovos presentes nela, podem eclodir em larvas e infectarem alguns caramujos de água doce, o que contribui para as altas prevalências da esquistossomose. Dessa forma, torna-se necessária a sensibilização dos gestores municipais para ações efetivas de melhorias sanitárias que permitam garantir sustentabilidade no controle da esquistossomose. OBJETIVO: O propósito deste estudo é avaliar os índices de casos de esquistossomose dos municípios de Mato Grosso e o índice de tratamento da doença, entre os anos 20122021. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico realizado com dados públicos coletados do banco de dados da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES MT) através do site DWWeb SES-MT, utilizando a ferramenta com filtros específicos e sites do Ministério da Saúde do Estado de Mato Grosso. Foram incluídos na amostra casos confirmados de esquistossomose em indivíduos de nacionalidade brasileira, notificados entre 2012 e 2021 em todos os municípios do estado. As seguintes variáveis foram incluídas neste estudo: número de casos por município, se houve ou não tratamento da doença. Foram excluídas as informações como sexo e idade de indivíduos com registros ausentes, em branco, não confirmado ou indeterminado. RESULTADOS: Os dados apontam que ocorreram cerca de 237 casos de esquistosomose no estado de Mato Grosso, sendo eles 22 casos no ano de 2012 e destes 8 indivíduos fizeram tratamento, 52 casos em 2013 e destes 10 fizeram tratamento, 24 casos em 2014 e 5 pessoas fizeram tratamento, 27 casos em 2015 e 11 pessoas fizeram tratamento, 30 casos em 2016 e 7 pessoas fizeram tratamento, 27 casos em 2017 e 9 pessoas fizeram tratamento, 12 casos em 2018 e 4 pessoas fizeram tratamento, 20 casos em 2019 e 10 pessoas fizeram tratamento, 13 casos em 2020 e 5 fizeram tratamento, 12 casos em 2021 e 5 pessoas fizeram tratamento. Os tratamentos foram praziquantel e oxamniquinee, ambos anti-helmínticos e o último é específico para essa parasitose. O maior índice de casos de esquistossomose no estado de Mato Groso ocorreu no município de Nova Mutum com 44 casos entre os anos de 2012-2021. CONCLUSÃO: Com base no índice de casos de esquistossomose no estado de Mato Grosso e em relação a realização de tratamentos entre os anos de 2012-2021, dentre os 237 casos apenas 31% das pessoas realizaram o tratamento, evidenciando um possível gargalo no controle dessa doença parasitária dentre a população. Palavras-chave: Esquistossomose; Doenças parasitárias; Schistosoma mansoni.

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Publicado

2022-11-21

Como Citar

Stablito, C. D. B., Miranda, F. D. C., Campos, G. F. D., Schwingel, J. F., Toledo, M. A. C. D., & Dombroski, T. C. D. (2022). ÍNDICES DE CASOS DE ESQUISTOSSOMOSE EM MATO GROSSO. Seminários De Biomedicina Do Univag, 6. Recuperado de https://periodicos.univag.com.br/index.php/biomedicina/article/view/2086