MARCADORES GENÉTICOS DO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH)

Autores

  • Khéo Giovane Nascimento Hoepers
  • Paula Carvalho Dourado
  • Letícia Borges Da Silva Heinen

Resumo

Introdução: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) se descreve por ter uma condição clínica com aspecto multifatorial, podendo ser os interferentes às condições ambientais, genéticas e biológicas. O TDAH está entre os transtornos com maior frequência na área da psiquiatria infantojuvenil, tendo uma prevalência de mais de 5%, porém atualmente vem aumentando cada vez mais o seu diagnóstico em adultos. O transtorno se caracteriza pelos seguintes sintomas: inatenção, atividade motora excessiva e impulsividade comumente detectada no período da infância, essa sintomatologia é conhecida por serem controladas pelas monoaminas, principalmente a dopamina, serotonina e a norepinefrina que, em pessoas diagnosticadas com esse transtorno, apresentam uma diminuição em sua produção. A diminuição pode estar ligada a variantes genéticas do indivíduo que podem ser detectadas por meios de exames genéticos. Objetivos: Analisar artigos acerca da relação entre o TDAH e marcadores genéticos com base no que fora detectado em exames genéticos. Metodologia: Estudo realizado através de uma revisão bibliográfica em bases de dados como Google Acadêmico, PubMed, BCM genomic data, com os descritores “ADHD”; “TDAH”; "Transtorno de Déficit de Atenção”, “Variação monoaminas”. Foram selecionados apenas artigos e trabalhos com relevância ao tema. Os genes avaliados e buscados nessa revisão foram baseados em um exame genético real, realizado por um laboratório especializado. Resultados: Foram selecionados 12 estudos sobre o TDAH, mas apenas 3 trabalhos foram de relevância com o tema, incluindo estudos de revisão, estudos prospectivos, estudos retrospectivos e relatos de casos. Em análise dos estudos, mostram que os principais marcadores genéticos para o tdah estão nos genes Dopamina beta-hidroxilase (DBH), Monoamina oxidase B (MAOB), DRD4 E DAT1, todos de alguma forma relacionados a dopamina. Para o gene DBH foram analisadas 34 variantes, mas apenas 7 eram de genes polimórficos dentre esses a variante rs2283728 aparenta ser a mais ligada ao TDAH, principalmente na população masculina onde possui um odds ratio de 3,4, enquanto na população total apresenta um OR de 2,71. Outra variante com grande possibilidade é a rs3027440 que apresenta um OR de 1,68 na população geral e 2,03 na população masculina. Conclusão: O TDAH pode estar associado com alterações genéticas, mais relacionadas aos cromossomos X e 9, sendo que os genes DBH e MAOB tem maior relação com essa condição e a variação nesses genes costumam aparecer mais frequentemente nos homens do que nas mulheres. Palavras-chaves: Dopamina beta-hidroxilase(DBH); Monoamina oxidase B(MAOB); TDAH.

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Publicado

21-11-2022

Como Citar

Hoepers, K. G. N., Dourado, P. C., & Heinen, L. B. D. S. (2022). MARCADORES GENÉTICOS DO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH). Seminários De Biomedicina Do Univag, 6. Recuperado de https://periodicos.univag.com.br/index.php/biomedicina/article/view/2095