CUIDADOS EM SAÚDE DIANTE A PREDISPOSIÇÃO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM MULHERES NEGRAS GESTANTES
Palavras-chave:
Desigualdade, Hipertensão, Racismo ObstétricoResumo
A desigualdade social é uma realidade evidente no Brasil, refletindo em grande proporção na dificuldade de acesso à saúde e às informações cientificas associadas a esta. Vemos que tal situação se potencializa quando diz respeito à grupos marginalizados em especial a população negra. De acordo com o recorte teórico, o racismo institucional e/ou estrutural impacta de forma direta a vida da população negra, ocasionando dificuldade de acesso aos serviços de saúde. É possível ter notícias desta configuração através da baixa qualidade dos serviços prestados à essa população, bem como, pela discriminação praticada por profissionais de diversas instituições e organizações. Este artigo tem como objetivo levantar a discussão acerca do cuidado em saúde ofertado a mulheres negras com a condição de predisposição à hipertensão arterial durante o período gestacional, considerando aspectos sociais, culturais e psicológicos associados. Como suporte metodológico foi utilizado principalmente as obras dos autores Marianny Nayara Paiva Dantas e Alaerte Leandro Martins, que destacam o índice de mortalidade associado ao quadro de hipertensão arterial em mulheres negras gestantes enquanto um problema de saúde pública. Como resultado final destaca-se que à uma manutenção do racismo estrutural ainda se faz presente na sociedade o que acaba influenciando diretamente no contexto da saúde e negligência aos direitos básicos durante o atendimento da população negra. Observamos uma necessidade do aperfeiçoamento e disseminação de informações no sistema de saúde. Sendo assim, concluímos que medidas como o Plano Terapêutico é recurso importante para que se torne um mediador de instrumentalização dos profissionais da saúde referente a predisposição de hipertensão arterial em mulheres negras gestantes.