FEMINISMO NEGRO E INTERSECCIONALIDADE
Palavras-chave:
Feminismo, Interseccionalidade, Feminismo Negro, Gênero, RaçaResumo
O presente trabalho trata-se de um ensaio teórico sobre Feminismo Negro e Interseccionalidade produzido como instrumento avaliativo da disciplina Tópicos Especiais: Questões Étnico-Raciais e Diversidade ministrada no curso de Psicologia do Centro
Universitário de Várzea Grande. Este objetiva explorar a história e ramificações do Feminismo Negro, a Decolonialidade e a Interseccionalidade. A história do feminismo foi marcada pela luta de mulheres em busca de direitos políticos e sociais como o voto e o trabalho. As mulheres que compunham este movimento eram de maioria esmagadora branca, de classe alta e com conhecimento acadêmico, sendo assim, as lutas eram voltadas para essa realidade, não contemplando outras realidades, como a de mulheres pretas, imigrantes e pobres. Diante disso, houve a necessidade de novas linhas do movimento que trabalhassem
em prol dessas outras realidades, ramificando o feminismo em demais vertentes com referenciais teóricos e representantes diversas, ao longo de quatro períodos denominados: ondas. Através de uma análise teórica com base nas produções de Feministas Negras e da construção de uma historiografia do feminismo baseada nas 4 ondas do feminismo, propomos
um percurso histórico-crítico do tema. Conforme observado, o debate entre raça, gênero e classe é complexo pois as diversas formas de opressão se atravessam, aproximam e criam novas dinâmicas de relação de poder que perpetuam a pirâmide social. Na tentativa de dar a devida análise à essa relação complexa, a teoria da interseccionalidade foi construída. Contudo, Não apenas como corrente feminista, mas como método de análise, a interseccionalidade se mostra de real importância na compreensão das vivências de mulheres pretas.