ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES ONCOLÓGICOS

Autores

  • Helena Luiza Bez Batti Teles
  • Ana Flávia Espindola
  • Bruna Medeiros Gomes
  • Jéssica de Brito Barroso
  • Karina Silva Angelo
  • Mariella Gahyva Munhoz Figueiredo

Palavras-chave:

Cuidados Paliativos, Câncer, Pacientes Oncológicos

Resumo

Os cuidados paliativos surgem como uma abordagem imprescindível para o controle dos sintomas e para uma melhora na qualidade de vida dos pacientes oncológicos. Diante disso, o estudo busca analisar a eficácia dos cuidados paliativos no manejo dos sintomas relacionados ao câncer, bem como sua contribuição para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes oncológicos. Concomitantemente, a pesquisa busca identificar tanto os benefícios quanto as possíveis limitações e desafios associados a esses cuidados. Métodos: O presente estudo consiste em uma revisão integrativa, que foi desenvolvida, a partir de uma busca detalhada em duas bases de dados, PubMed e Scielo, sobre a forma como os cuidados paliativos influenciam na qualidade de vida dos pacientes oncológicos. Para a seleção dos artigos, foram utilizados os descritores “palliative care”, “cancer” e “cancer patients”, conectados pelo operador booleano “AND”. A pesquisa foi restrita aos últimos cinco anos (2019-2024) e aos idiomas português e inglês. Foram excluídas revisões de literatura e artigos duplicados nas bases de dados. Resultados: O câncer é uma das doenças que mais causam estigma, medo e sofrimento, além de estar relacionada com maior prevalência de transtornos psiquiátricos, como a ansiedade e depressão. Nesse sentido, a abordagem da medicina paliativa torna-se essencial para esse tipo de paciente. Estudos demonstram que é necessário não só o controle de sintomas físicos, mas também sociais, espirituais e emocionais para contribuir positivamente no curso da doença e até na resposta ao tratamento. De acordo com pesquisa realizada em um Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) de um hospital universitário², o apoio familiar e da equipe de saúde, principalmente uma boa comunicação, no momento do diagnóstico contribuíram para uma melhor qualidade de vida desses pacientes. Ademais, de acordo com ensaio clínico randomizado sobre a eficácia da integração entre cuidados paliativos e oncológicos em pacientes com leucemia mieloide aguda3, os cuidados paliativos deveriam se tornar protocolo no tratamento de câncer, pois além de terem melhorado a qualidade de vida dos pacientes e diminuído a ansiedade e depressão, fez com que os mesmos tivessem maior clareza das suas vontades no fim de vida, acarretando na diminuição de casos de pacientes que se submeteram à quimioterapia em seus últimos dias de vida. No entanto, é possível evidenciar diversos entraves relacionados a implementação dos cuidados paliativos no momento do diagnóstico, principalmente relacionados a dificuldade do diagnóstico precoce e ao acesso à saúde, uma vez que maior parte dos pacientes chegam aos serviços de referência já em fase final de vida. Tal fato prolonga o sofrimento e perpetua medidas invasivas desnecessárias que poderiam ser evitadas. Conclusão: Dessa forma, é possível concluir que a medicina paliativa atua de forma positiva, auxiliando o enfermo e sua família, na compreensão e nas tomadas de decisões. Ademais, a aplicação dos cuidados paliativos nas fases iniciais da doença promove benefícios, como a redução da ansiedade e o desvio de tratamentos invasivos desnecessários. Entretanto, essa forma de tratamento ainda encontra alguns obstáculos, já que por vezes o diagnóstico tardio dificulta a implementação dos cuidados paliativos, resultando, assim, muitas vezes em medidas invasivas e no prolongamento do sofrimento dos doentes.

Palavras-Chave: Cuidados Paliativos; Câncer; Pacientes Oncológicos.

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Publicado

31-10-2024