ANÁLISE DOS NASCIDOS VIVOS COM SEXO INDETERMINADO E PSEUDO-HERMAFRODITISMO NO MATO GROSSO

Autores

  • Julia Gabrielly Alves Ferreira
  • Ana Vitória de Queiroz
  • Ana Vitória Martinelli
  • Gabrielly Heemann Vieira
  • João Pedro Lopes Iwasaki
  • Hugo Valeiro Soares
  • Lucas Gabriel de Matos
  • Denis Gonçalves Ferreira

Resumo

O Vírus da imunodeficiência humana (HIV) é um retrovírus humano que ataca o sistema imunológico e, sem o tratamento correto, resulta na síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Mais de quarenta anos após a pandemia ter sido identificada e disseminar no Brasil, o HIV ainda permanece um dos problemas de saúde pública globais mais significativos, apresentando uma série de desafios como no tratamento e na saúde pública. Objetivo: Descrever o perfil dos pacientes diagnosticados com HIV no Brasil entre os anos de 2014 a 2023. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo utilizando casos de AIDS, ocorridos entre 2014 e 2023, notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), declarados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e registrados no Sistema de Controle de Exames Laboratoriais de CD4+/CD8+ e Carga Viral do HIV (SISCEL)/ Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM). Foram inclusas informações sobre o ano do diagnóstico, a faixa etária, a categoria de exposição, a raça/cor e o sexo. Resultados: Ocorreu uma queda no número de diagnósticos, no entanto, essa queda não foi uniforme entre todos os grupos populacionais. O ano com maior número de diagnósticos foi 2014 (42.421) e o com menos foi em 2023 (16.281). Observou-se que a maioria dos casos se concentra em pessoas na faixa etária de 30 a 39 anos (29,39%) e a principal via de transmissão identificada foi a sexual, destacando-se a transmissão heterossexual e homossexual. Dentre as orientações sexuais se vê uma diferença na distribuição entre sexos, entre os homossexuais 98,37% eram homens, já entre os heterossexuais 53,28% eram homens. Em termos de raça/cor, 58,98% das pessoas com raça/ cor declaradas eram pardas ou negras, seguidas por pessoas brancas (40,03%). Além disso, homens tiveram mais que o dobro de diagnóstico do que as mulheres, sendo 248.518 casos masculinos e 109.555 femininos. Conclusão: Embora a taxa de novos diagnósticos de AIDS tenha diminuído nos últimos dez anos, a redução não foi uniforme em todos os grupos populacionais.  A disparidade racial, com mais casos entre pessoas pardas e negras, a alta incidência entre homens homossexuais, e o dobro de casos entre homens reforça a necessidade de estratégias específicas e sustentáveis que abordem as disparidades identificadas, garantindo que os benefícios das iniciativas de prevenção e tratamento sejam acessíveis a todos os segmentos da população.

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Publicado

31-10-2024