PERFIL DE MORBIDADE HOSPITALAR POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NO MATO GROSSO NOS ÚLTIMOS 10 ANOS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Autores

  • Maria Fernanda Pires Santana
  • Vykthor Maryanno Gomes Timóteo
  • Bruna Emili Sichoski
  • Lauren Cristiane Pereira Leite

Palavras-chave:

Infarto Agudo do Miocárdio, Epidemiologia, Mato Grosso

Resumo

Introdução: É inegável a mudança no perfil de mortalidade brasileira nos últimos anos, que passou de doenças infecciosas para doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). Essas DCNTs são resultado de hábitos adotados pela sociedade contemporânea e, se não tratadas, podem evoluir para condições graves. Entre elas, o infarto agudo do miocárdio tem se destacado como a principal complicação, ocupando o 1º lugar no ranking nacional de mortalidade. Dada a possibilidade de prevenção desse agravo, é importante analisar seu perfil epidemiológico. Método: Estudo quantitativo e descritivo produzido a partir de dados coletados através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (SIH/DATASUS) relacionando a AIH (Autorização de Internação Hospitalar) do IAM (Infarto Agudo do Miocárdio) no estado de Mato Grosso - MT nos últimos 10 anos (2013 – 2023), sendo disponibilizados no TabNet. As variáveis analisadas incluíram faixa etária, sexo, cor/raça, média de internação e número de óbitos. Resultados: Entre 2013 e 2023, o estado de Mato Grosso registrou um total de 20.221 Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) relacionadas à infarto agudo do miocárdio. Dentre essas, 19.520 (96,53%) foram classificadas como casos de urgência. A maior prevalência dos casos foi observada em pacientes com idades entre 50 e 69 anos, totalizando 11.055 ocorrências (54,67%). Além disso, os indivíduos do sexo masculino, com 13.483 casos (66,67%), e aqueles de raça/cor parda, com 12.972 casos (64,15%), foram os mais acometidos. Os custos associados aos serviços hospitalares somaram R$ 46.579.312,18 durante o período analisado, com um valor médio de R$ 2.800,06 por internação e uma média de 8,8 dias de internação.  No que diz respeito à evolução da doença, foram registrados 2.232 óbitos, resultando em uma taxa de mortalidade de 11,04%. Conclusão: De acordo com os dados obtidos percebe-se que as internações referentes ao IAM estão entre as mais prevalentes  no estado de Mato Grosso, principalmente em pacientes do sexo masculino, com idade superior a 50 anos e de cor parda. Além disso, verifica-se os altos custos relacionados à internação e portanto, destaca-se a necessidade de educação em saúde, visto que hábitos como tabagismo e o consumo de alimentos gordurosos influenciam no surgimento e agravo da doença. Portanto, a intervenção precoce pode prevenir complicações futuras.

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Publicado

31-10-2024