EFEITOS DA PANDEMIA DE COVID-19 SOBRE A INCIDÊNCIA DE CÂNCER: UMA VISÃO MOLECULAR E EPIDEMIOLÓGICA A PARTIR DE DADOS DO DATASUS

Autores

  • Renata Sauer Bueno
  • Frhancielly Shirley Souza Sodré

Palavras-chave:

COVID-19, Câncer, Alterações moleculares

Resumo

É consenso na comunidade científica que o câncer é um problema de saúde pública. As estimativas sobre os casos de Câncer publicados pelo INCA nos últimos anos são alarmantes, e para o ano de 2030 estima-se que ocorram mais de 25 milhões de casos novos. Apesar de bem realizadas, alguns fatores não foram considerados pelo INCA durante os cálculos de estimativas. Um fator importante foi a pandemia do COVID-19 e suas consequências moleculares no corpo humano. Hipóteses: É sabido que vírus no geral provocam no DNA humano mutagênese, e coincidentemente o principal fator molecular envolvido com câncer é a mutagênese. Considerar as alterações moleculares provocadas pelo vírus do COVID-19 por exemplo se tornam importantes, e entender sua relação com a incidência de Câncer pós-pandêmico também. Estudos recentes sugerem que o vírus SARS-CoV-2 pode ter desenvolvido estratégias muito parecidas com o vírus Epstein-Barr e com o vírus da Hepatite B, os quais são classificados como oncovírus. Uma dessas estratégias seria a inibição da proteína p53. Essa inibição, por um longo período de tempo, poderia ser cancerígena, já que a p53 é uma proteína onco-supressora, com grande importância na sinalização da via de apoptose. Outra hipótese, leva em consideração que alguns vírus poderiam ser carcinogênicos indiretamente, causando câncer mediante a infecção crônica e a inflamação. Metodologia: Estudo quantitativo retrospectivo de casos de câncer obtido na plataforma DataSUS. Resultados e considerações finais: Ao analisarmos a base de Dados do DataSUS, observamos aumento significativo nos casos de Câncer antes e após a pandemia. Antes da pandemia do Covid-19, a incidência de câncer, no ano de 2019, era de 268,62 casos/100 mil habitantes, já em 2023 era de 317,26 casos/100 mil habitantes, porém por se tratar de uma doença crônica, um tempo maior de análise é necessário para confirmar a hipótese anteriormente citada, mas que nitidamente não deve ser descartada. 

Palavra-Chave: COVID-19; Câncer; Alterações moleculares.

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Publicado

31-10-2024