EVOLUÇÃO DOS CASOS DE SÍFILIS EM GESTANTES NO MATO GROSSO ENTRE OS ANOS DE 2020 A 2024

Autores

  • Maria Eduarda Ramos de Oliveira
  • João Pedro Lopes Iwasaki
  • Rafaela de Souza Longo
  • Julia Marques Mendonça
  • Gabriel Bortolotti Pelicioni
  • Larissa Weizenmann Scheid

Palavras-chave:

Sífilis, Treponema Pallidum, Gestantes, Epidemiologia

Resumo

A sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum e suas vias de transmissão são a sexual, contato com sangue infectado, através da amamentação ou a vertical. A transmissão de mãe para filho pode ocorrer em qualquer fase da gestação e pode trazer consequências irreversíveis. O acompanhamento pré-natal é o momento de rastreio desta infecção e a transmissão pode ser evitada em mais da metade dos casos se ele for feito de maneira correta. Método: Foi realizado um estudo descritivo utilizando dados do Sistema de Agravos de Notificação (SINAN) do repositório de dados da Secretaria de Saúde de Mato Grosso (Dwweb SES MT) através do programa Excel. Foram analisados os dados de Sífilis em Gestantes entre janeiro de 2020 e junho de 2024. As variáveis selecionadas foram o ano e local da ocorrência, a escolaridade, a idade e a raça. A análise descritiva foi realizada utilizando frequências e porcentagens. Resultados: Nos resultados coletados houveram 6.452 casos de sífilis em gestantes no estado de Mato Grosso. Se visto de acordo com a distribuição anual, podemos relatar aumento significativo no número de casos, com pico de incidência no ano de 2023. Segundo a variável de escolaridade, pudemos constatar que apenas 2,26% possuíam educação superior. Tais números indicam a prevalência da infecção em gestantes com níveis de escolaridade baixa, podendo ser associado ao menor acesso à informação sobre prevenção e tratamento de IST's. No que diz respeito às variáveis de faixa etária, localização e raça, os resultados indicaram predomínio na faixa etária de 20 a 29 anos, representando 58,40% dos casos. Em termos de localização, 76,44% dos casos ocorreram em cidades do interior do Mato Grosso, enquanto 23,56% foram registrados em Cuiabá. Em relação à raça, a maioria das gestantes eram pardas (66,71%), Conclusão: Ao analisar o perfil epidemiológico de sorologias positivas para sífilis em gestantes de Mato Grosso, os dados sugeriram que as variantes escolaridade, raça e idade constituem componentes de alerta às mulheres pardas, jovens e com níveis de escolaridade incompletos. Ademais, identificamos uma disparidade de notificações entre a capital do estado e os demais municípios.

Palavras chaves: Sífilis; Treponema Pallidum; Gestantes; Epidemiologia.

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Publicado

31-10-2024