PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES PORTADORES DE HEPATITE B NO ESTADO DE MATO GROSSO
Palavras-chave:
Hepatite B, epidemiologiaResumo
Introdução: A hepatite viral B, causada pelo hepatovírus B, pode causar inflamação no fígado e, por vezes, evoluir com necrose nos hepatócitos. É uma doença notificação compulsória, e, assim, cada ocorrência deve ser notificada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Além disso, possui como formas de transmissão a parenteral, a sexual, acidentes perfurocortantes e a via de transmissão vertical. A sintomatologia apresenta evolução insidiosa, e, consequentemente, o diagnóstico tende a ser tardio, sendo comum a fadiga, tontura, vômitos, dor abdominal e icterícia na fase aguda. Sob essa ótica, a melhor forma de prevenção da hepatite B é a vacinação. O diagnóstico pode ser realizado, inicialmente, nas Unidades Básicas de Saúde por meio dos testes rápidos. Assim sendo, caso o teste seja válido e o resultado reagente, deve-se coletar amostra ou encaminhar o paciente para complementar o diagnóstico utilizando testes laboratoriais mais específicos. Objetivo: Conhecer o perfil epidemiológico dos pacientes portadores de Hepatite B dos últimos cinco anos. Metodologia: Projeto de pesquisa transversal, quantitativo e qualitativo, para avaliar a prevalência da hepatite B no estado de Mato Grosso entre os anos de 2019 e 2023. Os dados foram retirados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram incluídas variáveis sociodemográficas e clínicas. Resultados: A maioria dos pacientes são do sexo masculino (57,3%), com idade entre 35 e 39 anos (13,8%), e de etnia parda (50,2%). A cidade com maior número de notificações foi Cuiabá (11,3%) seguida de Sinop (9,1%). De todos os pacientes, 31% possuíam as três doses da vacina para hepatite B. Agravos associados ao HIV e outras DSTs foi encontrado em 16,7% dos pacientes. A forma clínica mais comum foi a hepatite crônica/portador assintomático (78,6%). Das gestantes 27,5% adquiriram hepatite B durante a gestação ou era portadora assintomática. Conclusão: Dessa forma, é essencial que haja a detecção precoce e o correto manejo dos pacientes portadores de hepatite B, para evitar que haja a cronificação do caso e impedir possíveis imbróglios associados com a ausência de tratamento.