PERFIL EPIDEMIOLÓGICO FEMININO DA DENGUE NO ESTADO DE MATO GROSSO

Autores

  • Nicolly Stephany Faria dos Santos
  • Hágata Sabrina de Almeida Rosa
  • Luma de Luna Cavalcanti Maciel
  • Murilo Braga

Palavras-chave:

Dengue, Mulher, Epidemiologia

Resumo

Introdução: A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, que se caracterizam por serem causadas por vírus transmitidos por vetores artrópodes. No Brasil, o vetor do vírus da dengue é a fêmea hematófaga do mosquito Aedes aegypti. Até o momento são conhecidos quatro sorotipos – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Além disso, devido às condições climáticas, especialmente o calor e a chuva, que favorecem a sua reprodução, observa-se um aumento da proliferação durante o verão. A dengue constitui-se um sério problema de saúde pública no mundo, sobretudo nos países tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti, comumente em áreas domiciliares e peridomiciliares que propiciam o acúmulo de água, essencial para sua reprodução. Métodos: Refere-se a um estudo epidemiológico, descritivo e transversal, com a pesquisa de dados coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/MT), disponibilizados pelo DwWeb. Foram coletados os números de notificações de 2023 a 2 de julho de 2024, por sexo, mês, região, faixa etária e zona de residência clínico. Resultados: Foram notificados 109.084 casos de dengue em Mato Grosso nos anos de 2023 a julho de 2024, com maior prevalência do sexo feminino (53,52%), sendo a faixa etária mais acometida a dos 05 aos 24 anos. Os agravos ocorreram, principalmente, nos meses de abril de 2023 e abril de 2024 totalizando 13.336 (12,22%) do total de casos registrados, com maior índice no município de Sinop (3,6%). Houve predomínio de notificações na zona urbana (88,29%). Conclusão: Os casos de dengue em Mato Grosso nos anos de 2023 a julho de 2024 ocorreram com maior frequência em pessoas do sexo feminino, moradoras do município de Sinop, na faixa etária de 05 a 24 anos, residentes da zona urbana, sendo o mês de abril o mês com a maiores índices de notificações. Portanto, espera-se que a pesquisa contribua para a elaboração de estratégias de combate pelo poder público focadas no grupo analisado.

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Publicado

31-10-2024