MENINGITE: ANÁLISE DO PROCESSO DIAGNÓSTICO DE PACIENTES INTERNADOS EM MATO GROSSO (2019-2023)

Autores

  • Gabriela Machado Tristão
  • Carlos Henrique de Lucena Borges
  • Igor Fontoura Baganha
  • Priscylla de Oliveira
  • Heloise Helena Siqueira Borges

Palavras-chave:

Diagnóstico, Epidemiologia, Meningite

Resumo

A meningite é uma patologia de caráter inflamatório que afeta as meninges e o Líquido Cefalorraquidiano (LCR), desencadeando disfunções sistêmicas, neurológicas e alta mortalidade. Regularmente, pacientes acometidos apresentam sintomas como febre, rigidez de nuca, vômito, cefaleia e sinais  meníngeos. O diagnóstico precoce é crucial para melhor prognóstico e os critérios incluem as etapas clínico-epidemiológico, quimiocitológico do líquor, bacterioscopia, cultura do líquor e PCR. Métodos: Estudo epidemiológico descritivo conduzido com base em dados extraídos do Repositório de dados dos Sistemas de Informação da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (DwWeb/SES-MT) entre os anos de 2019 a 2023, garantindo a segurança dos pacientes pela confidencialidade dos dados de acesso público. As variáveis analisadas incluíram: sexo, cor, idade, ano de internação, aspecto do líquor, critério diagnóstico e presença de sinais meníngeos. A amostra foi dicotomizada por meio do programa Microsoft Excel. O objetivo visa compreender as características demográficas e clínicas associadas ao diagnóstico de meningite, contribuindo para a melhoria das práticas médicas. Resultados: Foram analisados 37 casos de meningite observando-se que 45,95% destes ocorreram no ano de 2019, enquanto os outros 54,05% foram distribuídos nos 4 anos seguintes.  A faixa etária mais acometida foi no primeiro ano de vida, representando 32,43% dos indivíduos. Além disso, houve predomínio do sexo masculino 56,76% e 56,76% dos pacientes se identificaram como não brancos. Quanto aos sinais meníngeos, 51,35% não apresentaram rigidez de nuca e 91,89% não apresentaram sinais de Kernig e Brudzinski. O aspecto do LCR foi límpido em 54,05% dos casos, turvo em 43,24% e xantocrômico em 2,7%. O critério diagnóstico mais utilizado foi o exame quimiocitológico do líquor, em 43,24% dos casos, seguido pelo método de cultura em 24,32%, bacterioscopia em 16,22%, critério clínico-epidemiológico em 13,51% e PCR em 2,7% dos casos. Conclusões: Os dados observados neste estudo demonstram que no período de pandemia da Covid-19 as medidas sanitárias e vacinais contribuíram para minimizar incidência de doenças infectocontagiosas. Altas taxas de LCR límpido se pode inferir prevalência de meningite viral. A associação dos métodos diagnósticos, exames complementares e os sinais clínicos proporcionam uma compreensão mais fidedigna na identificação da doença, guiando melhorias no protocolo de tratamento.

Palavras-chave: Diagnóstico; Epidemiologia; Meningite.

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Publicado

31-10-2024