SÍFILIS CONGÊNITA NO BRASIL: UMA REVISÃO DOS DADOS RECENTES E IMPLICAÇÕES PARA A SAÚDE PÚBLICA

Autores

  • Natália Petry Alberti
  • Amanda Paola de Oliveira
  • Bianca Maria Nozaki
  • Nathália Camargo de Carvalho
  • Rafaela Carvalho Girardello
  • Walquiria de Lima Campos

Palavras-chave:

Sífilis Congênita, Tratamento, Antibióticos, Dados Epidemiológicos

Resumo

Introdução: A sífilis congênita é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Treponema pallidum, transmitida de mãe para filho via placenta. A prevenção é possível através do pré-natal, sendo crucial que as gestantes iniciem o acompanhamento desde o início da gravidez. Estudos revelam que o tratamento com penicilina é eficaz e de baixo custo, podendo prevenir a doença se administrado corretamente nas gestantes e seus parceiros. No Brasil, a prevalência da doença entre parturientes é de 1,6%, com subnotificação de até 67%. Este estudo tem por objetivo apresentar dados epidemiológicos relacionados a casos de sífilis congênita no território nacional em um período de 10 anos, entre 2013 e 2023. Métodos: Os dados foram coletados por meio dos registros disponíveis no banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), vinculado ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados: A Região Sudeste apresentou o maior número de casos, com 2021 sendo o ano com maior incidência totalizando 11.892 casos. O aumento dos casos é atribuído a diagnósticos tardios, falta de conscientização sobre infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), e fatores socioeconômicos que dificultam o acesso ao cuidado adequado. Também, em relação ao tratamento, constatou-se desabastecimento dos principais antibióticos envolvidos na terapia, os quais integram o Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF), o que impacta diretamente no aumento da incidência. Conclusão: O aumento dos casos de sífilis congênita é um problema complexo que requer uma abordagem integrada, incluindo melhor triagem pré-natal, acesso a cuidados médicos e educação sobre ISTs. Além disso, políticas públicas são necessárias para reduzir as desigualdades e melhorar a conscientização, com a colaboração entre autoridades de saúde e comunidades sendo essencial para controlar a epidemia e proteger as futuras gerações.

Downloads

Publicado

31-10-2024