SAÚDE E BEM ESTAR PARA PESSOAS COM CONDIÇÕES CRÔNICAS
Resumo
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são condições médicas que persistem por um longo período e geralmente progridem lentamente. Diferentemente das doenças agudas, que são de curta duração e geralmente de início rápido, as doenças crônicas têm um curso prolongado e são uma das principais causas de morbidade e mortalidade, sendo um dos maiores desafios em saúde pública tanto no Brasil quanto no mundo. Em 2019, foram responsáveis por cerca de 74% das mortes ocorridas globalmente.1 No Brasil, as DCNT também assumem uma relevância significativa, tendo sido responsáveis por 54,7% do total de óbitos registrados no mesmo ano, totalizando mais de 730 mil mortes. Dessas, 308.511 (41,8%) ocorreram prematuramente, ou seja, entre 30 e 69 anos de idade. As DCNT, em especial a hipertensão arterial e o diabetes mellitus, representam um dos maiores desafios para os sistemas de saúde em todo o mundo. Essas condições são responsáveis por uma significativa morbimortalidade e custos elevados de tratamento. A hipertensão é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares, enquanto o diabetes pode levar a complicações graves como nefropatia, neuropatia e retinopatia. A hipertensão arterial e o diabetes mellitus são duas das mais prevalentes doenças crônicas, afetando milhões de pessoas globalmente. O Ministério da Saúde³ publicou um relatório apontando que o número de adultos com diagnóstico médico de hipertensão aumentou 3,7% em 15 anos no Brasil. Os índices saíram de 22,6% em 2006 a 26,3% em 2021. O relatório mostra ainda um aumento na prevalência do indicador entre os homens, variando 5,9% para mais. Também, foi observada uma queda nos registros em determinadas faixas etárias sendo a maior redução observada entre adultos de 45 a 64 anos, variando de 32,3% em 2006 a 30,9% em 2021 para aqueles entre 45 e 54 anos; e variando entre 49,7% em 2006 e 49,4% em 2021 para aqueles entre 55 e 64 anos.