EXPERIÊNCIAS DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA NA DIVULGAÇÃO DE UM PANFLETO INFORMATIVO SOBRE SINAIS E SINTOMAS DE HANSENÍASE
Resumo
A hanseníase, historicamente conhecida como “lepra”, é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica, causada pela Mycobacterium leprae, transmitida pelo contato com as gotículas de saliva eliminadas pelo portador da doença, através da fala, tosse ou espirro. Segundo o Ministério da Saúde, em 2022 foram diagnosticados no Brasil 14.962 novos casos, o que o torna o segundo país mais acometido pela doença, atrás somente da Índia. O Brasil possui um alto número de notificações registradas e em decorrência disso a Hanseníase pode ser considerada uma doença endêmica no país; a faixa etária mais acometida é de 40 a 59 anos, a raça mais acometida é a parda e o sexo mais acometido é o masculino. Historicamente, a hanseníase teve os seus primeiros casos datados em 4000 anos a.C., sendo uma patologia estigmatizada que levou ao isolamento social dos enfermos a partir da criação da Comissão de Profilaxia da Lepra (1915) por médicos baianos, que estabeleceu o modelo isolacionista, consistindo na internação compulsória de todos os doentes de lepra em asiloscolônias. Em 1976, foi formalizada a quebra do isolamento compulsório e em 1995, por meio da lei nº 9.010, a substituição do termo “lepra” por hanseníase. No entanto, o estigma perdura até os dias atuais, devido à desinformação e ao preconceito enraizado. Após este contexto histórico, avançamos para o diagnóstico da doença, que a partir do exame clínico e/ou baciloscópico, os casos de hanseníase devem ser classificados para fins de tratamento, de acordo com os critérios definidos pela OMS ².