AÇÕES DE PROMOÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Resumo
Na organização da saúde pública brasileira, no início do XX, a saúde da mulher era relacionada com a oferta de ações educativas – higiene e puericultura –o que visava o cuidado com as crianças e consequentemente a redução na mortalidade infantil. Ao longo do século XX, as ações de pré-natal se estendem até as mulheres. Essas ações
buscavam proteger o bebê e a mãe na gravidez, mas não havia qualquer discurso sobre a saúde da mulher em si, sem relacioná-la com sua prole, o que caracteriza um enfoque no “binômio mãe-filho”, no qual a mulher não existe, nem sua saúde, sem ser relacionada a seu filho. Ressalta-se assim, que embora dirigida às mulheres, essa era uma ação que de fato visava as crianças, sendo a mulher compreendida como a “portadora dos bebês”. Ao longo dos séculos, com influência de movimentos feministas entre as décadas de 30 a 60, as mulheres foram conquistando seu espaço como um ser independente e fazendo muito mais para a sociedade do que apenas gerar um filho¹.