ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR DE PROFESSORES DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE VÁRZEA GRANDE-MT

Resumo

O consumo de alimentos saudáveis é fundamental para a manutenção da saúde e qualidade de vida, no entanto, a elevada carga horária de trabalho, múltiplos empregos, horários irregulares de trabalho e o estresse, podem contribuir para hábitos alimentares não saudáveis. Objetivo: Analisar o estado nutricional e o consumo alimentar dos professores universitários de uma instituição privada do município de Várzea Grande-MT. Materiais e Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo transversal, quantitativo, pautado em dados do estado nutricional e consumo alimentar de 39 professores universitários de uma instituição privada no município de Várzea Grande -MT. Os dados foram coletados a partir da aplicação do questionário eletrônico de marcadores do consumo alimentar adaptado do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). A avaliação do estado nutricional foi realizada com base no Índice de Massa Corporal (IMC) e avaliação qualitativa do consumo alimentar com base na classificação de alimentos proposta pelo Guia Alimentar para a População Brasileira (2014), sendo classificado em duas categorias: alimentos saudáveis e alimentos não saudáveis. Os dados foram tabulados e analisados por meio do Microsoft Office Excel (2016). Resultados: Dos 39 participantes do estudo 82, 1% eram do sexo feminino, com média de 37 anos e 76,9% possuíam companheiro (a). Verificou-se uma maior prevalência de individuos eutróficos (47,4%), e na classificação por sexo, maior prevalência de eutrofia (51,6%) entre as mulheres, e sobrepeso (57,1%) entre os homens. As participantes do sexo feminino apresentaram maior prevalência de obesidade grau I (14,3%) em relação ao sexo masculino. Quanto ao consumo alimentar, 71,8% dos participantes referiram o consumo feijão, 74,4% consumo de frutas, 84,6% verduras/legumes, 56,4% consumo de bebidas adoçadas e 23,1% hamburguer e/ou embutidos no dia anterior. Conclusões: Os dados do estudo apontam elevada prevalência de sobrepeso entre os homens e maior presença de obesidade entre as mulheres, consumo adequado de alimentos saudáveis (in natura e minimamente processados) e baixo consumo de alimentos não saudáveis (processados e ultraprocessados). Contudo, vale ressaltar que o consumo aumentado de bebidas adoçadas aliado ao sobrepeso e obesidade podem contribuir para o surgimento de doenças cardiovasculares e metabólicas. Considera-se de suma importância o desenvolvimento de política institucional voltada para a promoção da saúde e mudança dos hábitos alimentares dos professores universitários.