HÁBITOS ALIMENTARES E ESTADO NUTRICIONAL DE DOCENTES DA ÁREA DA SAÚDE DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR APÓS A PANDEMIA DA COVID-19
Resumo
Segundo o Ministério da saúde, uma boa alimentação é fundamental para o bem-estar físico e mental, além de proporcionar o ótimo funcionamento do sistema imunológico e da saúde no todo, o que torna-se essencial para desempenhar com autonomia a prática docente. Após a pandemia do Covid-19 e do isolamento social, os docentes de ensino superior tiveram que se adaptar à volta do trabalho presencial e deixaram de passar longos períodos em frente ao computador ministrando aulas online como era no período de pandemia. Objetivo: Analisar os hábitos alimentares e o estado nutricional de professores da área da saúde de uma instituição de ensino superior após a pandemia de COVID-19. Materiais e métodos: A presente pesquisa tratou-se de um estudo descritivo de corte transversal quantitativo onde participaram 26 docentes da área da saúde de uma instituição de ensino superior. Os dados expostos no estudo foram coletados em método on-line, através de um questionário adaptado do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional onde teve 12 perguntas objetivas e subjetivas referentes à sexo, idade, peso, altura, estado civil, renda, escolaridade, frequência alimentar e prática de atividade física do público-alvo. As informações coletadas foram por meio de formulário online no “Google Forms”. Resultados: Observou- se que, 42,3% fazem de 3-4 refeições ao longo do dia; 50% consomem cereais; 61,5% consomem carnes e/ou ovos durante a semana; 46,2% consomem biscoito recheado e doces; enquanto 38,5% pedem comida delivery; e 53,8% julgam ter alimentação balanceada. Com relação ao estado nutricional na figura 1, mostram que antes da pandemia 4,2 estavam abaixo do peso, 58,3% estavam eutróficos, 33,3% com sobrepeso, 8,3% com obesidade grau I e 4,2% com obesidade grau II. Após a pandemia, os dados evidenciaram que 4,2% permaneceram abaixo do peso, 54,2 estavam eutróficos, 41,7% com sobrepeso, estavam eutróficos, 8,3% com obesidade grau I e não houveram indivíduos com obesidade grau II na amostra estudada. Conclusão: Com os resultados obtidos, foi possível observar que o estado nutricional dos docentes de ensino superior da área da saúde prevalece em eutrofia antes e depois da pandemia, além de apresentarem uma alimentação relativamente saudável com o consumo de frutas, verduras e legumes diariamente em contrapartida um consumo esporádico de alimentos ultraprocessados por grande parte dos participantes. Diferente da literatura onde demostra que uma parcela da população tende a comprar mais alimentos processados e/ou ultraprocessados, que são menos perecíveis, práticos, mais acessíveis e, às vezes, mais baratos do que os alimentos frescos.Desta forma, infere-se que por mais que a pandemia foi um fator causador de grande ansiedade e estresse, foi verificado que o momento vivenciado em si, não foi um grande causador de modificações drásticas nos hábitos alimentares e no estado nutricional de tais profissionais da educação, uma vez que grande maioria conseguiu manter sua classificação do IMC constante, e havendo reversão da obesidade grau II.
Palavras-chaves: Pandemia; Alimentação; Professores; Hábitos Alimentares.