TESTES RÁPIDOS PARA HIV E SÍFILIS DURANTE O PRÉ-NATAL EM MULHERES TRABALHADORAS DO SEXO
Resumo
Introdução: O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e a Sífilis podem provocar sérias complicações durante a gestação e ao serem transmitidos verticalmente para o feto. Mulheres trabalhadoras do sexo se enquadram em uma população de risco devido a alta exposição, necessitando de maior cuidado de saúde1,2. Objetivo: Identificar na literatura nacional as dificuldades para a realização de testes rápidos para HIV e sífilis em mulheres trabalhadoras do sexo durante o pré-natal na atenção básica. Método: Trata-se de uma revisão de literatura, em que os dados foram coletados na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde e na base de dados Scielo, utilizando os descritores: atenção primária à saúde, cuidado pré-natal, HIV, sendo então selecionados para análise três artigos e um protocolo do Ministério da Saúde. Descrição: Os dados levantados, permitiram identificar que no Brasil a população de mulheres trabalhadoras do sexo, com idades entre 15 e 49 anos, corresponde a cerca de 0,8% da população feminina, onde são encontradas elevadas taxas de contaminação por Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), como HIV e sífilis. Entre as principais dificuldades para alcançar a integralidade do cuidado nesse grupo têm-se a distância das unidades de saúde das residências das mulheres, a vergonha em buscar o serviço de saúde e, quando essa barreira é vencida, ainda pode haver a discriminação por parte dos profissionais que não sabem lidar com tais situações2. A realização de testes rápidos (TR) para HIV e sífilis, durante o primeiro e terceiro trimestre da gravidez, é recomendada para a prevenção, diagnóstico e tratamento dessas doenças, uma vez que, as gestantes no Brasil, são suscetíveis de transmitir verticalmente Sífilis Congênita e HIV, respectivamente, em cerca de 5,0 e 1,5 mil nascidos vivos acometidos1,3,4. Atualmente, os testes rápidos são disponibilizados para a Atenção Primária à Saúde (APS), os quais são práticos e rápidos, obtendo os resultados em no máximo 30 minutos, não constituindo um empecilho para a sua realização, contudo, sua utilização e cobertura ainda são baixas. Ademais, notou-se que o contágio materno-fetal da sífilis, quando não há a adoção ao tratamento, é de 70 a 100% nas fases primárias e secundárias e de 30% nas fases tardias da infecção materna3,4. O diagnóstico de sífilis e HIV durante a gestação pode acarretar em dificuldades biopsicossociais, como a adaptação à soropositividade, ao tratamento e ainda a preocupação com a transmissibilidade ao bebê3. Considerações Finais: Diante os fatos levantados, observou-se uma maior necessidade de atendimento a essa população, com o combate ao estigma em relação às mulheres trabalhadoras do sexo, vinculando esse grupo aos serviços de saúde, principalmente à atenção básica, e aumentando, assim, a adesão aos testes rápidos para HIV e sífilis, além de diminuir os casos de transmissão vertical. Palavras-chave: Atenção primária à saúde. Cuidado pré-natal. HIV.Downloads
Publicado
29-11-2022
Como Citar
Oelke, L. C. M., Romanini, A., Mendes, L. C. D. S. S., Farah, V. M., Silva, F. A., Marchioretto, G. M. da C., … Souza, T. G. de. (2022). TESTES RÁPIDOS PARA HIV E SÍFILIS DURANTE O PRÉ-NATAL EM MULHERES TRABALHADORAS DO SEXO. Anais Da Mostra Científica Do Programa De Interação Comunitária Do Curso De Medicina, 5. Recuperado de https://periodicos.univag.com.br/index.php/picmed/article/view/2113