O BRINCAR COMO UMA FERRAMENTA DE ALÍVIO DA DOR EM CRIANÇAS INTERNADAS

Autores

  • Thais Laet Santos
  • Cynthia Silva Santos
  • Lalisca de Almeida Gomes Passos
  • Carolina Sampaio de Oliveira
  • Naudia da Silva Dias

Resumo

Introdução: A infância se caracteriza por um período único na vida da criança, no qual ela cresce e se desenvolve, sendo a brincadeira uma forte ferramenta para o desenvolvimento físico, cognitivo e motor1. As internações hospitalares de crianças em virtude das limitações e estressores envolvidos no processo, podem causar medo, angústia, redução da autonomia infantil além de ocasionar impactos psicológicos negativos na criança2. O brincar é direito da criança e está assegurado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), consta disposto no art. 16 da legislação do Estatuto da Criança e do Adolescentes (ECA), lei n°8.069 de 1990, onde um dos aspectos do direito à liberdade é o direito da criança e do adolescente de “brincar, praticar esportes e se divertir” (Estatuto da Criança e do Adolescente, 1990). Toda criança tem direito de brincar e se divertir. Sendo assim, cabe à sociedade e às autoridades públicas garantir a elas esse direito3. As crianças possuem necessidade de brincar e isto não deve ser esquecido durante o tempo em que estiverem hospitalizadas. Objetivos: Descrever a importância do brincar para crianças durante o processo de hospitalização. Método: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura. A revisão foi realizada no segundo semestre de 2022, para a seleção dos periódicos e critérios de inclusão foram selecionados artigos pertencentes aos períodos de 2012 a 2022; produzidos no Brasil e dispostos na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde Pública (BVS) e Scielo, e que possuíam em seus títulos os descritores desta pesquisa (DESC): Enfermeiro pediátrico. Internação Hospitalar. Assistência de Enfermagem. Foram excluídos todos os artigos que não contemplaram o critério de inclusão. Resultados e Discussões: A brincadeira pode ser vista pelos adultos como apenas momentos de alegria, no entanto, para crianças está ação vai muito além de apenas momentos de diversão. Estudos trazem os inúmeros impactos positivos da brinquedoteca em unidades de atendimento pediátrico, dentre eles, alívio do estresse, momentos de distração, interação entre crianças, minimização do choro4. Durante a internação, a criança se percebe frágil e impossibilitada de realizar suas funções diárias, como ir à escola, conviver com seus familiares, brincar com os amigos, além de ser cercada de pessoas estranhas que a todo momento as tocas e realiza algum tipo de procedimento desconfortável5. Neste contexto, destaca-se a importância da assistência humanizada, uma vez que unidades de internação infantil devem ser organizadas e preparadas para ofertar à criança um espaço aconchegante, onde ela consiga desenvolver atividades de forma segura e feliz. Visto isso, o brincar no hospital é considerado como uma forma de ferramenta de intervenção e preenchimento do tempo como forma de recreação, sendo favorável a equipe de enfermagem por serem os profissionais que estão a todo tempo presentes6. Assim, a brincadeira é vista como uma forma de continuidade do desenvolvimento infantil capaz de promover a exteriorização dos sentimentos da criança, possibilitando a ela construir estratégias de enfrentamento do processo pelo qual está passando5. Considerações Finais: O processo de hospitalização na vida da criança é uma experiência negativa por se tratar de meio atípico para sua idade causa medo. Neste contexto, conclui-se que a ludoterapia e as brincadeiras em geral desempenham um importante papel para possibilitar à criança um ambiente mais seguro e menos estressante. Sendo assim, a utilização do lúdico durante a hospitalização se torna uma ferramenta essencial para proporcionar à criança uma melhor adaptação ao tratamento. Palavras-chave: Enfermeiro Pediátrico; Internação Hospitalar; Assistência de Enfermagem.

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Publicado

29-11-2022

Como Citar

Santos, T. L., Santos, C. S., Passos, L. de A. G., Oliveira, C. S. de, & Dias, N. da S. (2022). O BRINCAR COMO UMA FERRAMENTA DE ALÍVIO DA DOR EM CRIANÇAS INTERNADAS. Anais Da Mostra Científica Do Programa De Interação Comunitária Do Curso De Medicina, 5. Recuperado de https://periodicos.univag.com.br/index.php/picmed/article/view/2152