OS IMPACTOS ECONÔMICOS E DA MORBIMORTALIDADE PELA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NO BRASIL ENTRE 2018 E 2022
Resumo
A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome clínica decorrente de alterações estruturais e/ou funcionais do coração, que resultam em prejuízo ao seu enchimento e/ou ejeção de sangue, resultando em um débito cárdico incapaz de suprir a demanda metabólica do corpo. Essa condição é a manifestação inicial ou final de muitas patologias, sendo a Doença Arterial Coronariana e Hipertensão Arterial Sistêmica as principais causas no Brasil1,2 . Há várias formas de classificar a Insuficiência Cardíaca, sendo que, para organizar a propedêutica e terapêutica adequada, é de suma importância identificar o fenótipo de apresentação, isto é, IC de fração de ejeção Reduzida (ICFEr), IC com fração de ejeção intermediária (ICFEi) ou IC com fração de ejeção preservada (ICFEp), além da classificação conforme sua funcionabilidade e sintomas, de acordo com a New York Heart Association
(NYHA), e sua evolução, conforme a American Heart Association (AHA) 2 . O grande impacto da insuficiência cardíaca, além do consumo de milhões de reais por ano, é a alta taxa de mortalidade e uma sobrevida de aproximadamente de 35% após 5 anos do
diagnóstico 1,3 , sendo esses dados crescentes haja vista o aumento da população acima de 65 anos 1,2,3 . No Brasil, ainda é considerada a principal causa de internação hospitalar no Sistema Único de Saúde (SUS), com o aumento praticamente gradativo da taxa de mortalidade de 2018 a 2022, segundo o DATASUS.