PERFIL DE EPIDEMIOLÓGICO DE HEMODIÁLISE E DIÁLISE NO PERÍODO DE PANDEMIA NO MATO GROSSO
Resumo
A Injúria Renal Aguda (IRA), frequentemente, é uma complicação na COVID-19, podendo evoluir para uma Doença Renal Crônica. Esses pacientes são mais suscetíveis a agravos e à mortalidade por infecção à COVID-19. Apresentaremos a seguir uma revisão de literatura de artigos que fizeram o acompanhamento de pacientes com IRA pós COVID-19. Objetivo: Avaliar, através de bancos de dados do Ministério da Saúde, as consequências renais em pacientes que tiveram COVID-19 e evoluíram com a necessidade de procedimentos dialíticos, como a hemodiálise e a diálise peritoneal, no período da pandemia, em Mato Grosso. Método: Trata-se de um estudo observacional descritivo com coleta de dados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) com tabulação por meio do programa Tabulador Genérico de Domínio Público (TABNET). Os dados utilizados foram de diálise peritoneal para pacientes renais agudos, hemodiálise para pacientes renais agudos e pacientes crônicos agudizados sem tratamento dialitico iniciado pelo SIH/SUS geral por procedimentos hospitalares do SUS a partir de 2015 à agosto de 2023, no Brasil avaliou regiões geográficas e no Mato grosso regiões de saúde. Resultado e Discussão: A Insuficiência Renal Aguda ou Crônica consistem em condições clínicas que na sua fase final necessita da realização de procedimentos dialíticos, como diálise peritoneal ou hemodiálise. No período de pico pandêmico, da COVID 19, houve um aumento de 34%, no Brasil, e de 61%, no Mato Grosso de tais procedimentos. Esses aumentos ocorreram concomitante aos números de casos, dessa maneira, as agressões renais se tornam um preditor de complicações da doença. No que tange ao acometimento renal a teoria mais bem aceita consiste na invasão do vírus através da facilitação pelos receptores da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) e Serino proteinases transmembrana (TMPRSSs), o qual ocasiona uma hipoperfusão renal, congestão da veia renal e diminuição da taxa de filtração
glomerular (TGF). Considerações Finais: Diante dos dados coletados no banco de dados DATASUS, pode-se concluir que o comportamento do número de casos da COVID 19 estão correlacionados com as sequelas renais e a necessidade de procedimentos dialíticos, diálise peritoneal e hemodiálise.
Palavras-chave: Insuficiência Renal, Coronavirus, Diálise Renal.