PERFIL DOS CASOS DE SÍFILIS EM GESTANTE E SÍFILIS CONGÊNITA NA MATERNIDADE SÃO LUCAS

Autores

  • Renata Sauer Bueno
  • Anne Beatriz Leal Yamassaki
  • Julia Nani Scaff
  • Aline Queiroz de Sene
  • Elias Leal Neto
  • Mariana Rosa Soares

Resumo

Introdução: A sífilis é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Treponema pallidum, sendo classificada em três categorias, a adquirida, em gestante e congênita. A sífilis adquirida é aquela que pode evoluir para uma doença crônica entre todas as faixas etárias, a sífilis em gestante compreende a infecção do período gravídico e a sífilis congênita é aquela transmitida por via vertical entre uma gestante não tratada ou tratada inadequadamente para seu feto. Objetivo: Avaliar o perfil dos casos de sífilis em gestantes e sífilis congênita no Hospital Maternidade Rede Cegonha Dr. Francisco Lustrosa de Figueiredo, do município de Várzea Grande no ano de 2023. Método: Estudo quantitativo retrospectivo, com base nos dados do livro de registro de partos e das fichas de notificação do SINAN de gestantes, puérperas e recém-nascidos com diagnostico de sífilis por teste rápido e VDRL. Resultados: No ano de 2023, houve 1392 partos, deste 103 (7,4%) foram positivas do teste rápido de sífilis e 58 (53,9%) foram notificados via SINAN, após confirmação pelo teste não-treponêmico VDRL. Das gestantes com sífilis pelo teste rápido, 33 (32%) possuíam entre 20-24 anos, seguido de 25 a 29 anos com 24 (23,3%) e em menores proporções aquelas com mais de 40 anos (1,9%). Em relação ao tipo de parto, a maioria foram de partos por via vaginal/normal, 63 (61,2%). A gestações em sua maioria foram de 38 a 42 semanas, 77 (74,8%). Das 103 mulheres, 42 (40,8%) delas realizaram menos de 6 consultas durante o pré-natal, 20 (19,4%) entre 6 e 8 consultas. Destaca-se, ainda, que aproximadamente 20% dessas mulheres não tinham essa informação no livro de registros. Dos 103 RN, 53 (52%) eram do sexo masculino, 20 (19,6%) nasceram com o peso menor que 2.500 Kg e, 26 (45,6%) RN foram notificados com sífilis congênita. O Apgar, na maioria dos RN, ficou entre 8-10 em 88 (86,3%) deles. Além disso, 80 (78,4%) foram amamentados na primeira hora após o parto e 23 (22,5%) não foram. Considerações finais: Apesar dos esforços da Rede de atenção a saúde da mulher e da criança, problemas como a falta de acompanhamento no pré-natal, falta de conhecimento acerca da transmissão da doença, tratamentos inoportunos e a alta taxa de subnotificações encontradas contribuem para a problemática, que acabam refletindo em indicadores de saúde materno-infantil negativos, bem como para efeitos deletérios principalmente para a saude de recém-nascidos.

Palavras-chave: Sífilis em gestante; Sífilis congênita; Rede de atenção a saúde da mulher; Assistência materno-infantil.

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Publicado

28-11-2024

Como Citar

Bueno, R. S., Yamassaki, A. B. L., Scaff, J. N., Sene, A. Q. de, Leal Neto, E., & Soares, M. R. (2024). PERFIL DOS CASOS DE SÍFILIS EM GESTANTE E SÍFILIS CONGÊNITA NA MATERNIDADE SÃO LUCAS. Anais Da Mostra Científica Do Programa De Interação Comunitária Do Curso De Medicina, 7. Recuperado de https://periodicos.univag.com.br/index.php/picmed/article/view/2793