PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS ENVOLVENDO TRABALHADORES EM CUIABÁ E VÁRZEA GRANDE ENTRE OS ANOS DE 2019 E 2022

Autores

  • Igor Gabriel Arruda Moraes
  • Vykthor Maryanno Gomes Timóteo
  • Ana Beatriz Mendes Rojas
  • Giovana Bezerra Topanoti
  • Maiara Souza Fernandes
  • Richeli Balduino
  • Lauren Cristiane Leite Ocampos

Resumo

Introdução: Os acidentes com animais peçonhentos são um problema de saúde pública no Brasil, especialmente em regiões tropicais como a Baixada Cuiabana, localizada no Mato Grosso, com alta incidência. O atendimento nesses casos exige conhecimento específico e habilidades técnicas para tratar os sintomas e complicações. A ficha de notificação do SINAN oferece dados importantes sobre o tipo de animal, local do acidente, sintomas, e evolução dos casos. Esses dados ajudam a identificar os animais mais comuns, períodos de maior incidência e grupos mais afetados, permitindo estratégias mais eficazes de prevenção e controle. Diante disso, elaborou-se a seguinte problemática de pesquisa: qual o perfil epidemiológico dos acidentes de trabalhadores com animais peçonhentos atendidos na baixada cuiabana? Objetivo: Analisar os registros de notificação de acidentes com animais peçonhentos, bem como a assistência e o atendimento prestado aos trabalhadores rurais da baixada cuiabana entre os anos de 2019 e 2022. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo, do tipo ecológico, descreve os casos de acidente com animais peçonhentos registrados no Município Cuiabá e de Várzea Grande nos anos de 2019 a 2022 em uma análise do tipo temporal. O estudo foi pautado em dados secundários dos censos demográficos de 2000 e 2010, e do sistema de informação SINAN-Tabwin da Coordenação de Vigilância em Saúde do Trabalhador da Secretaria Estadual de Saúde- SES/MT. Descrição: O perfil demográfico e sociodemográfico revelou que a faixa etária mais comumente afetada está entre 20 e 39 anos, com predomínio em mulheres. Pessoas entre 20 e 28 anos são os mais afetados em Cuiabá, já em Várzea Grande se destacou crianças de 1 a 9 como principais vítimas. Quando analisamos a escolaridade, identificamos que a maior ocorrência foi do 8º ano incompleto e ensino médio completo, sendo associada a altas taxas de incidência em ambas as cidades, destacando a importância da educação preventiva. As manifestações clínicas evidenciaram a predominância de dor e edema, ressaltando a necessidade de estratégias para minimizar essas manifestações. Quanto ao tratamento, a maioria dos casos evoluiu para a cura, enfatizando a eficácia das intervenções e baixa taxa de óbitos. Considerações finais: Cuiabá tem maiores taxas de acidentes com animais peçonhentos que Várzea Grande, com diferenças de exposição entre as cidades. Em Cuiabá, a faixa etária mais afetada é de 20 a 39 anos, enquanto em Várzea Grande, são crianças de 1 a 9 anos. A baixa escolaridade está ligada a maior incidência, indicando a necessidade de programas preventivos. A subnotificação é um problema, destacando a importância de melhorar a coleta e análise de dados.

Palavras-chave: Acidentes com animais peçonhentos; Trabalhadores rurais; Assistência.

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Publicado

28-11-2024

Como Citar

Moraes, I. G. A., Timóteo, V. M. G., Rojas, A. B. M., Topanoti, G. B., Fernandes, M. S., Balduino, R., & Ocampos, L. C. L. (2024). PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS ENVOLVENDO TRABALHADORES EM CUIABÁ E VÁRZEA GRANDE ENTRE OS ANOS DE 2019 E 2022. Anais Da Mostra Científica Do Programa De Interação Comunitária Do Curso De Medicina, 7. Recuperado de https://periodicos.univag.com.br/index.php/picmed/article/view/2794