COMUNICAÇÃO EM SAÚDE E INTEGRAÇÃO COMUNITÁRIA: RELATO DE VISITAS DOMICILIARES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Resumo

Introdução: O relato de experiência vivenciado no dia 04/10/2024, onde acadêmicos de medicina da UNIVAG, acompanhados pela preceptora Lilian Pommer e uma Agente Comunitário de Saúde (ACS), realizaram visitas domiciliares na ESF Margarida Pereira Tavares, no bairro Jardim Manaíra em Várzea Grande, Mato Grosso. Durante a atividade, foi enfatizada a importância da territorialização na Atenção Primária à Saúde (APS), destacando-se a divisão do território em áreas e microáreas, de acordo com os perfis demográficos, epidemiológicos e socioeconômicos da população, onde cada ACS, que atende até 750 pessoas por microárea, atua como elo entre a comunidade e os serviços de saúde, promovendo ações preventivas e educativas. Descrição: relatar e analisar a importância da territorialização e a comunicação eficaz em base nas visitas domiciliares realizadas por uma equipe multidisciplinar da saúde, em contexto da Atenção Primária à Saúde, bem como abordar a importância da abordagem humanizada. Assim este relato de experiência, conta com a observação participativa e atenta, uma vez que durante as visitas, os acadêmicos, a preceptora e a ACS visitaram três famílias, identificando necessidades específicas e reforçando a importância da comunicação eficaz para o sucesso das visitas domiciliares. A interação adequada entre profissionais e pacientes facilita o acesso aos serviços de saúde e fortalece o vínculo com as famílias. A comunicação foi analisada sob três aspectos: verbal (falas), não verbal (linguagem corporal) e para verbal (entonação e volume da voz), sendo esses elementos fundamentais para criar uma relação terapêutica e ética. Nas visitas, foi observada uma gestante com diabetes gestacional, à qual foi reforçada a importância do tratamento adequado para sua saúde e a do bebê. Outra visita foi realizada a uma puérpera, que recebeu orientações sobre o teste do pezinho. Em um terceiro domicílio, foi acompanhado um paciente psiquiátrico em situação de vulnerabilidade, respeitando as orientações da ACS quanto ao manejo da situação. A experiência ressaltou a relevância do processo de territorialização e da comunicação eficaz na APS, alinhando-se com a literatura, que destacam o papel central dos ACS na mediação entre a população e os serviços de saúde. Embora a literatura aborde de forma teórica essas questões, a vivência demonstrou que a comunicação entre ACS e a comunidade pode ser fluida e natural, especialmente em áreas vulneráveis, o que contribui para o sucesso das intervenções. Assim, a territorialização é essencial para identificar grupos de risco e promover ações de saúde focadas nas necessidades específicas de cada comunidade. Considerações Finais: As visitas domiciliares reforçaram a importância da territorialização e da comunicação na APS, permitindo que os acadêmicos aplicassem, na prática, conceitos fundamentais da saúde pública. A interação direta com as famílias e a mediação dos ACS destacaram a importância do vínculo entre profissionais e comunidade, além de aprimorar habilidades interpessoais cruciais para a prática médica. A experiência proporcionou uma visão humanizada do cuidado em saúde, contribuindo para a formação acadêmica e profissional, e ressaltou a necessidade de uma abordagem sensível e empática na prestação de serviços de saúde.

Palavras-chave: Comunicação em Saúde; Atenção Primária; Visita Domiciliar; Ações Comunicativas; Agente Comunitário de Saúde.