PRIMEIRO SIMPÓSIO DE EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS: IMPACTO NO CONHECIMENTO DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA
Resumo
Introdução: Os quadros de emergências respiratórias são caracterizados por episódios de insuficiência respiratória aguda, acompanhados de dispneia de intensidade variável, inquietação e, em casos graves, perda de consciência. Essas emergências incluem patologias como crise de asma brônquica, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), obstrução das vias aéreas superiores, edema pulmonar e pneumonia. A educação na saúde, especialmente através de palestras voltadas para estudantes e profissionais, desempenha um papel fundamental ao expandir o conhecimento em áreas específicas de atuação. Reconhecendo essa importância, foi organizado um simpósio direcionado a acadêmicos de medicina, com o objetivo de abordar as principais doenças envolvidas nas emergências respiratórias — situações rotineiras no dia a dia de médicos em ambiente hospitalar. Esse evento visa proporcionar uma compreensão aprofundada e atualizada das condições respiratórias críticas, preparando os futuros médicos para lidarem de forma eficaz e segura com essas situações de urgência. Descrição: Este relato de experiência descreve a experiência de acadêmicos de medicina do Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG), integrantes da Liga Acadêmica de Pneumologia (LAP), durante o primeiro simpósio sobre patologias respiratórias em emergências. O evento ocorreu no dia 15 de maio de 2024, com a participação de 68 alunos, predominantemente do ciclo básico, além dos organizadores. No início e ao final das palestras, foram aplicados questionários anônimos para avaliar o nível de conhecimento dos participantes sobre emergências respiratórias. Os resultados iniciais apontaram que 92,6% dos alunos não se sentiam confiantes em explicar o conceito de emergência respiratória, 54,4% não sabiam identificar os sinais e sintomas típicos, 88,2% desconheciam os principais achados radiológicos, 75% não sabiam as indicações para o uso de ventilação mecânica e 61,8% não compreendiam a fisiopatologia do tromboembolismo pulmonar (TEP). O simpósio, conduzido por professores especializados, abordou temas como exacerbação de DPOC, drenagem torácica, TEP, crises asmáticas, pneumotórax, intubação orotraqueal e ventilação mecânica, em palestras que se estenderam ao longo de um dia. Após a conclusão das atividades, os dados do segundo questionário revelaram melhorias significativas no conhecimento dos participantes: 98,2% passaram a entender o conceito de emergência respiratória, 92,9% reconheceram os principais achados radiológicos, 100% souberam identificar sinais semiológicos, 82,1% compreenderam as indicações de ventilação mecânica, 64,3% se sentiram aptos a lidar com emergências respiratórias e 89,3% explicaram a fisiopatologia do TEP. Entretanto, quando apresentados a um caso clínico — "Paciente de 65 anos, com diagnóstico de DPOC, primeira hospitalização por exacerbação associada à eosinofilia. Qual seria o melhor tratamento após estabilização?" —, 72% dos participantes não responderam corretamente, evidenciando a necessidade de aprofundamento nesse tópico específico. Considerações Finais: Essa experiência representa uma iniciativa educativa de grande valor, demonstrando o impacto positivo educacional na formação dos futuros profissionais de saúde. O aumento significativo nos índices de compreensão dos participantes, conforme revelado pelos questionários, reforça a importância de eventos como esse para o aprimoramento do conhecimento teórico em situações, especialmente, de emergência respiratória. Assim, o simpósio cumpre um papel fundamental na construção de uma base sólida de conhecimento destacando a necessidade de práticas complementares para consolidar o aprendizado, garantindo que os estudantes estejam preparados para enfrentar os desafios diários no ambiente hospitalar após a formação.
Palavras-chave: Emergências; Educação continuada; Insuficiência Respiratória.