DESAFIOS DA ADESÃO AOS TRATAMENTOS E MEDIDAS PREVENTIVAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Resumo
Introdução: A adesão aos tratamentos e medidas preventivas na atenção primária à saúde é um desafio que impacta a eficácia das intervenções e a qualidade de vida das pessoas. Um diagnóstico situacional revela as barreiras enfrentadas pela comunidade, destacando fatores sociais, culturais e de comunicação que contribuem para a baixa adesão nas atividades de prevenção e tratamentos na saúde da família. Compreender essas dinâmicas é fundamental para desenvolver estratégias que melhorem o envolvimento dos indivíduos e, consequentemente, os resultados em saúde. Objetivo: Relatar os desafios da adesão aos tratamentos e medidas preventivas na atenção primária vivenciados pelas acadêmicas de medicina na construção do diagnóstico situacional. Método: Trata-se de um relato de experiência oriundo do projeto de extensão dos acadêmicos de medicina da etapa 1 sobre estratégias de fomento à adesão aos tratamentos e medidas preventivas na atenção primária à saúde (APS), que cursam o Programa Extensionista Integrador no ano de 2024. A atividade ocorreu em quatro sextas feiras das 7h às 11h nos meses de setembro e outubro de 2024. Na primeira sexta foi aplicado um questionário pelo google forms na comunidade dentro da Estratégia Saúde da Família Jardim Eldorado em Várzea Grande. No segundo e terceiro dia foram realizadas visitas domiciliares e reconhecimento do território e um dia foi feita a análise situacional em que o problema priorizado foi a falta de adesão aos tratamentos medicamentosos e não medicamentosos, bem como as ações e serviços de prevenção na atenção primária à saúde. Na análise situacional da Estratégia Saúde da Família foram observados 41 problemas, após a organização da matriz de priorização de problemas segundo interesse e governabilidade, foi feito agrupamento de problemas e estabelecida ordem de prioridade. Por fim, foi construída a árvore explicativa a fim de entender os problemas de adesão na APS. Descrição: Durante as visitas domiciliares ficou evidente que o esquecimento é um dos principais fatores que levam as pessoas a não fazerem o uso correto da medicação. Outros são resistentes ao tratamento, alguns faltam conhecimento, outros não dão tamanha importância para as ações de prevenção e apresentam dificuldades no autocuidado. Todas essas causas levam a falta de adesão na APS, e isso é agravado devido a falha na comunicação entre equipe e usuário, levando a consequências como o tratamento inadequado, sequelas, aumento de outros fatores de risco e doenças crônicas, bem como a disseminação de doenças infecciosas podendo levar a óbitos. Considerações Finais: O diagnóstico situacional e a visita domiciliar são ferramentas importantes para o médico na APS, especialmente no que se refere ao estudo diagnóstico da comunidade, a fim de aproximar da realidade e poder intervir conforme as necessidades dos usuários. As barreiras na APS em relação à adesão são inúmeras, sendo necessárias estratégias que melhorem a comunicação, vínculo e conhecimento para enfim melhorar a adesão dos indivíduos no cuidado em saúde.
Palavras-chave: Adesão ao Tratamento; Atenção Primária à Saúde; Prevenção.