ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DAS CHUPETAS DE CRIANÇAS ATENDIDAS EM SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE
Resumo
RESUMO
Apesar dos avanços e vantagens da amamentação, o hábito de sucção não nutritiva, principalmente o representado pelo uso de chupetas, ainda é comum nas crianças Brasileiras. Estima-se que dois terços das crianças receberão mamadeiras e chupetas em algum momento no primeiro ano de vida. À frequência de uso e a possibilidade de contaminação por microrganismos nocivos podem levar ao desenvolvimento de infecções oportunistas prejudicando a saúde das crianças. Fazer análise microbiológica das chupetas de crianças atendidas em serviços públicos e creches. Foi realizado um estudo transversal, com chupetas de crianças na faixa etária entre 6 a 36 meses de idade. A chupeta recolhida foi acondicionada em recipiente individualizado estéril e transferida ao laboratório para analises. Também foram coletados dados sobre os hábitos e cuidados adotados em relação às chupetas. Resultados: A maioria (56,3%) das chupetas estavam sujas; 81,3% possuíam o bico ortodôntico; 96,9% eram de silicone; 59,4% das chupetas pertenciam ao gênero feminino. Foram encontrados 100% de crescimento microbiano nas 18 chupetas sujas, sendo 77,7% Staphylococcus sp coagulase negativo; 22,2% Candidas sp.; 16,7% Streptococcus sp.; 11,1% foram Pseudomonas aeruginosa e Bacillus sp. e 5,6% Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae e Citrobacter freundii. Nas 14 chupetas visualmente limpas, 11 realmente estavam limpas porque não houve nenhum crescimento de microrganismo, e nas outras 3 foram observados 21,4% Stapylococcus sp. coagulase negativa; 14,3% Candidas sp e 7,1% Citrobacter freundii. As chupetas das crianças que são atendidas em serviços de saúde pública e creches estão contaminadas tanto as sujas quanto as visualmente limpas. Os microrganismos potencialmente patogênicos encontrados foram principalmente fungos e bactérias, respectivamente Candida e Streptocuccus.
PALAVRAS-CHAVE: Crianças; Microbiologia; Chupeta.