SOLUBILIDADE DE FÁRMACOS NÃO DESCRITOS NA FARMACOPÉIA EM DIFERENTES PHS CORPORAIS

Resumo

RESUMO

A solubilidade de uma substância química pode ser definida como a quantidade de soluto que dissolve em uma determinada quantidade de solvente. Este estudo trata-se de um teste in vitro, o qual foi inicialmente desenvolvido para as formas farmacêuticas sólidas de uso oral. Essa análise permite reconhecer a velocidade pela qual o processo de dissolução ocorre, o que determinará a liberação do fármaco e a sua absorção. Foram avaliados o ácido mefenâmico, cloridrato de loperamida, diclofenaco sódico, maleato de dexclofeniramina, maleato de enalapril e o dicloridrato de betaistina. Assim, para cada fármaco escolhido, foram utilizadas 3 configurações de aparelhos simples para os testes: tubo oscilante, disco rotativo e agitador e foram realizados em triplicata em três diferentes pHs (4, 6 e 8). Observou-se que os comprimidos de via oral, com exceção do levofloxacina, não apresentaram solubilidade completa em nenhum dos meios que imitam os pHs presentes no trato gastrointestinal (TGI). A estrutura dos fármacos apresentaram grupos funcionais oxigenados como cetona, ésteres, ácido carboxílico e álcool, e grupos nitrogenados, com exceção dos fármacos dicloridrato de betaistina e dicloridrato de flunarizina, os quais apresentaram apenas grupos nitrogenados e foram os únicos resultados insolúveis em mais de um pH, o que pode ser devido à ausência dos grupos oxigenados em sua cadeia. Assim, a relação da estrutura molecular dos fármacos com a solubilidade permite uma melhor compreensão do comportamento dos medicamentos quando submetidos aos métodos de dissolução. Contudo, vários fatores que também podem interferir na característica de dissolução desses comprimidos ainda são desconhecidos, o que requer maiores pesquisas no campo da tecnologia farmacêutica.

PALAVRAS-CHAVE: Administração; Modelos físico-químicos; Processos biológicos.