VIOLÊNCIA CONTRA MULHER: CONTRIBUIÇÕES DO ATENDIMENTO PÚBLICO PARA RESSIGNIFICAÇÃO DA SUBJETIVIDADE FEMININA
Resumo
RESUMO
Esta pesquisa se insere num conjunto de estudos psicossociais sobre às diferentes formas de violências que as mulheres vêm sofrendo ao longo da sua história e como estas violências influenciam nas modulações da subjetividade feminina, no contemporâneo. A pesquisa está estruturada a partir dos pressupostos da pesquisa qualitativa, de cunho exploratório-descritivo. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas semiestruturadas com profissionais da saúde e da assistência social de Várzea Grande que atendem mulheres vítimas de violência. Como instrumento de análise dos dados foram utilizados os estudos arqueogenealógicos foucaultianos. Os resultados parciais apontam que a mulher continua a ser violentada mesmo quando recorre à rede, por diversos motivos, os mais destacados foram: a dependência financeira para com o agressor e a falta de informação sobre seu direito e/ou sobre o que é violência e atos agressores. Fatores esses que são frutos de uma alienação culturalmente patriarcal, a qual naturaliza e banaliza a vulnerabilidade da mesma e dificulta o acesso à informação sobre alternativas de tratamento e auxilio, e, mesmo ao ter contato com esses meios facilitadores, essa se encontra impedida e/ou estagnada ao dar andamento a seu caso, devido a burocratização e falta recursos na própria rede que a ampara. Foi possível identificar o sofrimento existente nas equipes, sofrimento este que muitas vezes toma conta fazendo com que os profissionais se sintam sobrecarregados com as diversas demandas e com o pouco recurso disponível, despertando neles o sentimento de impotência para com as comunidades as quais são responsáveis.
PALAVRAS-CHAVE: Violência; Serviços públicos; Subjetividade feminina.