O CORPO SILENCIADO NA ESCOLA: NOTAS ETNOGRÁFICAS SOBRE SUA LINGUAGEM LÚDICA
DOI:
https://doi.org/10.18312/connectionline.v0i8.100Palavras-chave:
Escola e linguagem lúdica.Resumo
Este texto teve o fito de investigar as formas de utilização dos saberes nas aulas de educação física, na periferia da rede escolar cuiabana, no estado de Mato Grosso, se orientando pelas lentes da corporeidade e da ludicidade, as quais se supõem frequentar o espaço natural e cultural da escola. A construção desse saber/fazer corporal pelos professores e seus alunos pode vir a ser uma proposta que enxergue a importância, nessas aulas, de uma “gramática corporal” abonada pela crença do que foi o resultado da formação de seus professores, entrecruzadas pelo cotidiano pedagógico. Apoiado pelos moldes de uma investigação etnográfica, através de uma perspectiva sócio-antropológica, a pesquisa procurou compreender a aula de educação física em sua dinâmica e modulações, de modo a oferecer subsídios para projetos de intervenção que se pretendem educativos e por, conseguinte, formativos. A opção de privilegiar as linguagens corporais, por assim dizer de uma “paisagem” que guarda as marcas dos eventos que o corpo experiencia foi indicada para a Educação Física quando essa linguagem se traduz em movimentos, coreografias e modelagens corporais, que por tradição se constituiu como estorvo ao trabalho “excessivamente” intelectivo da escola. Enquanto os alunos “fingem” se acomodar à renitente administração do movimento, da alegria, do humor e da espontaneidade, tendem resistir a essa gestão e à imposição da imobilidade arbitrada pela cultura do adulto. Os dados revelam uma ludicidade, enquanto modalidade de linguagem do corpo, interpretada como estorvo aos ritos de ensino aprendizagem que a todo custo à escola tenta silenciar.
Palavras-chaves: Escola; Linguagem lúdica.
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