MEUS DIAS, MINHA SAÚDE: ESTUDO LOCAL SOBRE A REALIDADE SOCIAL E OS CUIDADOS COM A SAÚDE DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS EM MATO GROSSO
DOI:
https://doi.org/10.18312/connectionline.v0i18.820Palavras-chave:
Vulnerabilidade, Saúde, Estigma, PreconceitoResumo
Diversos estudos apontam para as condições de vulnerabilidade a que são impostas a população trans (travestis e transexuais), isto em detrimento de não se identificarem com o sexo de nascimento e por romperem com padrões heteronormativo de gênero e orientação sexual. Deste modo, o presente estudo pesquisou a realidade social e os cuidados de saúde desta população nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. Para tanto usamos como método a observação participante e realizamos 9 entrevistas em profundidade. Para coletar as informações usamos diário de campo e de entrevista, além de termos gravado em áudio as entrevistas. Após as informações terem sido colhidas junto a população trans pudemos sistematizar os dados mais recorrentes e articulá-los com outros autores, possibilitando uma discussão teórica que abarca achados desta população em outros lugares. De modo geral a população estudada enfrenta dificuldade de acesso ao trabalho formal, restando a prostituição como alternativa de subsistência, grande parte mora em pensionatos com outras travestis e sofrem preconceitos em diversos contextos, dentre eles destacamos a escola, o transporte público e nos serviços de saúde, que na sua maioria, não respeitam o nome social. A partir da reflexão proposta nesta pesquisa consideramos ser pertinente que os profissionais de saúde sejam treinamentos de forma contínua sobre os aspectos das diversidades sexuais, evitando a perpetuação de comportamentos preconceituosos e excludentes, e que o processo em relação ao uso do nome social seja repensado, também na perspectiva de evitar exclusão e sofrimento entre as travestis e transexuais.
Palavras-Chave: Vulnerabilidade; Saúde; Estigma; Preconceito
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